quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa de negociação de títulos públicos a pessoas físicas por meio da internet. Para o pequeno investidor, o Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento de baixo custo e segura, já que os títulos públicos são considerados os ativos com menor risco em uma economia.



Como investir no Tesouro Direto

Para começar a investir, é preciso dar quatro passos:

1. Cadastre-se no site do Tesouro Direto e abra uma conta em uma corretora de valores.

O processo é simples e não toma muito tempo. Caso você já tenha conta em corretora, fica ainda mais fácil.
Se ainda não tem conta, faça como mais de 700 mil investidores, multiplique seu dinheiro com segurança e comece a investir em Tesouro Direto clicando aqui.

2. Analise o prazo do título que pretende comprar

É importante que o prazo do título esteja relacionado com seu objetivo para a aplicação. Se estiver juntando dinheiro para comprar uma casa ou se aposentar, por exemplo, prefira títulos com prazos de vencimento mais longos. Assim, é possível conseguir uma rentabilidade mais elevada. Mas evite títulos longos se o saque do dinheiro estiver programado para daqui a poucos meses porque, quando resgata um papel antes do vencimento, o investidor corre o risco de amargar perdas.

3. Acompanhe o desempenho

Dependendo do título, pode valer a pena vender antes do vencimento com rentabilidade maior. É interessante ficar de olho na rentabilidade com certa frequência e aproveitar bons momentos de saída.

4. O Tesouro disponibiliza reinvestimento automático e compra programada

As funcionalidades do Tesouro Direto devem ser utilizadas principalmente pelos investidores de longo prazo e que compram títulos periodicamente.

5. Resgates diários

Um investidor que compra um título com vencimento em 2030 não precisa esperar até lá se quiser pegar seu dinheiro de volta. O Tesouro Nacional recompra os papéis em poder do público todos os dias úteis.


Títulos do Tesouro Direto

Os três tipos de títulos mais populares entre as pessoas físicas são:

Tesouro Prefixado (LTN) – Título com rentabilidade definida (prefixada) no momento da compra

Este tipo de título possui taxa predefinida no momento da compra. Isso quer dizer que, ao adquirir um Tesouro Prefixado, o investidor já sabe, na hora, qual será a taxa de juros paga no final do período de aplicação.
Assim, este título é indicado principalmente quando a taxa de juros está alta, mas existe a tendência de que ela recue. Desta forma, o investidor "trava" a sua rentabilidade com a Selic elevada, e, depois, mesmo que ela caia, vai receber aquela rentabilidade maior ao final do prazo do investimento.

Tesouro Selic (LFT) - Título com rentabilidade diária vinculada à taxa Selic

Ao investir em um título Tesouro Selic, o investidor não sabe exatamente qual será a sua rentabilidade no final do período. Isto porque ela vai depender da variação da taxa básica de juros. Se a Selic subir, a tendência é que a remuneração seja maior, e vice-versa. Por isso, este título é mais indicado em caso de expectativa de que a taxa de juros suba ou permaneça em um patamar elevado – assim, a remuneração também será mais atrativa. Para investidores que não acompanham o mercado e podem precisar resgatar o dinheiro a qualquer momento, esse também é o título mais indicado.

Tesouro IPCA + (NTN-B) - Títulos com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação “oficial” do país), acrescida de juros

Assim como no caso do Tesouro Selic, o investidor que compra um título Tesouro IPCA + não sabe exatamente qual será a sua remuneração no final do período de validade do título, já que a rentabilidade é baseada no IPCA, um índice de inflação que flutua todos os meses. Este título é indicado para quando existe a expectativa de que a inflação aumente, assim o investidor não só protege seu patrimônio como ainda pode ganhar poder aquisitivo.


Rentabilidade

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2017 (NTNB)15/05/2017-Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2019 (NTNB Princ)15/05/20196,25Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2020 (NTNB)15/08/2020-Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2024 (NTNB)15/08/2024-Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2024 (NTNB Princ)15/08/20246,08Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 (NTNB)15/08/20266,14Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 (NTNB)15/08/20266,14Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTNB)15/05/20356,15Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2035 (NTNB Princ)15/05/20356,16Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 (NTNB)15/05/2045-Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB)15/08/20506,19Indexados ao IPCA
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTNF)01/01/2017-Prefixados
Tesouro Prefixado 2017 (LTN)01/01/2017-Prefixados
Tesouro Prefixado 2018 (LTN)01/01/2018-Prefixados
Tesouro Prefixado 2019 (LTN)01/01/201912,86Prefixados
Tesouro Prefixado 2021 (LTN)01/01/2021-Prefixados
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTNF)01/01/2021-Prefixados
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2023 (NTNF)01/01/2023-Prefixados
Tesouro Prefixado 2023 (LTN)01/01/202312,94Prefixados
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025 (NTNF)01/01/2025-Prefixados
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2027 (NTNF)01/01/202712,86Prefixados
Tesouro Selic 2017 (LFT)07/03/2017-Indexados à Taxa Selic
Tesouro Selic 2021 (LFT)01/03/20210,02Indexados à Taxa Selic




Custos

Os custos do Tesouro Direto costumam ser mais baixos que os de fundos DI e de renda fixa:

Taxa de custódia

Cobrada pela BM&FBovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. A taxa é cobrada semestralmente e representa o equivalente a 0,3% ao ano.

Taxa dos agentes de custódia

As taxas cobradas pelos agentes de custódia são livremente acordadas com os investidores. São cobradas pelas corretoras. O Tesouro Nacional disponibiliza uma tabela com o valor cobrado por cada corretora (clique aqui e consulte). Como em qualquer aplicação de renda fixa sem isenção, sobre os ganhos com títulos do Tesouro Direto também são cobrados impostos.
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é devido apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório. A alíquota é de 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais.


Riscos

Conheça os tipos de risco envolvido nas aplicações em títulos públicos:

Crédito

Os títulos emitidos pelo governo são considerados os ativos mais seguros do mercado – afinal, é muito mais fácil um banco ou uma instituição privada “quebrar” do que um país inteiro. Por isso, apesar de existir, o risco de crédito dos títulos públicos é considerado muito baixo.

Mercado

Os títulos públicos também possuem volatilidade (alguns mais do que outros) e o preço do título pode oscilar durante o período da sua validade. Assim, se o investidor precisar resgatar o papel antes do vencimento, pode conseguir um valor menor ou maior do que o aplicado, dependendo da oscilação do título. Um título Tesouro IPCA + (NTN-B), por exemplo, tende a registrar queda no valor de face se os juros da economia aumentarem. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado (LTN) perde valor unitário se os juros nominais subirem.para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais.


Dicas de especialistas

Os títulos públicos nem sempre são a aplicação de baixo risco mais interessante. Para momentos em que a Selic esteja em 7,25% ao ano, por exemplo, a “velha poupança” tem um rendimento líquido superior ao do Tesouro Selic (LFT). Fundos DI que cobrem taxas de administração de até 0,3% também podem bater o Tesouro Selic, o título do Tesouro Direto mais seguro. Os CDB de bancos que paguem mais de 100% do CDI também podem ser mais interessantes. Nesse caso é recomendável nunca investir mais de R$ 250 mil em papéis de um único banco para contar sempre com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em caso de quebra da instituição financeira.
O único título do Tesouro Direto com risco de mercado baixíssimo é o Tesouro Selic. O papel paga um rendimento equivalente à Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) e é indicado para investidores mais conservadores. Em momento em que não há a expectativa de alta dos juros, os investidores com mais tolerância ao risco podem investir apenas o dinheiro da reserva de emergência em títulos Tesouro Selic.
O Tesouro IPCA + (NTN-B) é o papel ideal para poupar para a aposentadoria. Como esses títulos possuem vencimento muito longos (como 2035 ou 2050, entre outros), o investidor pode “casar” o prazo de vencimento do título com a data esperada para sua aposentadoria. Como pagam inflação mais juros, o investidor também garante um ganho real de poder aquisitivo ao longo dos anos.
O Tesouro Prefixado (LTN) é especialmente interessante quando os juros estão em um patamar muito alto. O investidor que compra Tesouro Prefixado nessas ocasiões consegue garantir uma taxa de juros atraente para seu investimento durante alguns anos. É importante lembrar que, se errar a aposta e os juros subirem ainda mais, o investidor terá perdas no curto prazo. Outro problema é que o Tesouro Nacional procura evitar a emissão de Tesouro Prefixado com prazos longos de vencimento quando a Selic está em um patamar muito elevado.
Títulos com cupom semestral - Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) e Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (NTN-B) - pagam aos investidores juros a cada semestre. São indicados a quem planeja viver da renda desses papéis, já que, a cada seis meses, um montante de dinheiro cairá na conta. Para os demais, é mais fácil optar por títulos sem cupom - Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA -, já que não será necessário ter o trabalho de reinvestir o cupom a cada seis meses. Outro problema é que o investidor paga IR no momento do recebimento do cupom. Em papéis sem cupom, esse montante pago à Receita Federal poderia continuar rendendo.

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